Em apenas dois meses, Mato Grosso atingiu o mesmo número de mortes por chikungunya registrado durante todo o ano de 2024.
De acordo com o painel de monitoramento de arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT), 21 pessoas perderam a vida devido à doença desde janeiro, enquanto outras 10 mortes ainda estão sob investigação.
O crescimento da doença também se reflete no número de infecções. Nos dois primeiros meses de 2025, o estado registrou 14.897 casos confirmados de chikungunya. No mesmo período do ano passado, o total era de 2.606, representando um aumento alarmante de 471,64%. Em todo o ano de 2024, Mato Grosso teve 21.542 casos da doença.
A capital, Cuiabá, lidera o ranking de mortes por chikungunya, com 18 óbitos, sendo 11 já confirmados e 7 ainda sob análise. No ano passado, Tangará da Serra ocupou essa posição, registrando 9 mortes ao longo do ano.
Além da chikungunya, os números da dengue também preocupam. Nos primeiros meses de 2025, foram confirmados 9.365 casos e 5 mortes causadas pela doença. Em 2024, o estado teve 39.976 casos confirmados e 31 mortes.
Para conter a propagação do Aedes aegypti, transmissor da chikungunya e da dengue, servidores da Prefeitura intensificam ações de remoção de criadouros, como pneus descartados de forma irregular.
A SES-MT alerta para a importância da colaboração da população na eliminação de possíveis focos do mosquito, já que o cenário epidemiológico indica uma tendência preocupante para os próximos meses