A cantora Preta Gil, de 50 anos, continua o tratamento contra o câncer no intestino, que apresentou remissão há oito meses. Infelizmente, a doença voltou a se manifestar em quatro locais diferentes do corpo: dois linfonodos, uma metástase no peritônio e um nódulo no ureter. Apesar da nova tentativa de cura, a artista precisará ser acompanhada regularmente por médicos.
Em entrevista à revista CARAS Bem-Estar e Saúde, o oncologista Jorge Abissamra enfatiza que o acompanhamento médico é essencial, especialmente nos primeiros cinco anos após o tratamento, para descartar qualquer possibilidade de recidiva. "O diagnóstico precoce de fato salva vidas e diminui a chance de ter recidivas como a Preta teve", alerta o especialista, que aponta que o retorno da doença pode estar ligado à não detecção inicial em um estágio mais precoce.
Segundo Abissamra, um paciente oncológico deve ser monitorado ao longo da vida. Nos primeiros anos após a alta, as avaliações médicas são mais frequentes, ocorrendo a cada três meses. A partir do quinto ano, o acompanhamento deve ser feito anualmente. "Um paciente oncológico nunca está realmente em alta médica. Ele deve ser monitorado para garantir que qualquer sinal de retorno da doença seja identificado rapidamente", explica.
O médico também destaca a relevância do diagnóstico precoce e da autoavaliação. Ignorar sintomas pode atrasar o processo de cura, e a detecção antecipada aumenta significativamente as chances de tratamento bem-sucedido. "Sempre que você faz diagnóstico precoce, as chances de cura são muito maiores", conclui Abissamra.