Na noite de quarta-feira (13/11), duas explosões assustaram Brasília, ocorrendo nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes. A Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal estão investigando o incidente que resultou na morte de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, identificado como o dono do veículo que explodiu no Anexo IV da Câmara dos Deputados.
Francisco, que era chaveiro em Rio do Sul, SC, e ex-candidato a vereador, teria se suicidado com um explosivo, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal. Ele deixou no veículo fogos de artifício e tijolos. Em suas redes sociais, cujas páginas foram removidas, ele havia publicado mensagens que continham críticas ao STF, discursos de ódio e ameaças de violência, incluindo a promessa de explosões.
Postagens dele sugerem insatisfação com o Judiciário e aludem ao uso de explosivos como forma de protesto. Em uma mensagem, Francisco escreveu: "Cuidado ao abrir gavetas, armário, estantes, depósito de matérias etc.", fazendo menção a um possível “jogo” que terminaria no próximo sábado (16/11).
Em resposta ao episódio, a Polícia Federal mobilizou o Comando de Operações Táticas, o Grupo de Pronta-Intervenção e o Grupo Antibombas para investigar o caso e garantir a segurança nas proximidades do STF. O incidente levantou preocupações sobre segurança na capital e reacendeu discussões sobre o papel das redes sociais na propagação de discursos de ódio e violência.