Repórter MT
O vereador Dilemário Alencar (Podemos) fez uma denúncia grave nesta quinta-feira (21) sobre a situação da coleta de lixo na Grande CPA, zona norte de Cuiabá.
Segundo o parlamentar, pelo menos dez bairros estão há dez dias sem o serviço de coleta, o que tem causado sérios problemas para os moradores, com acúmulo de lixo nas ruas e um forte mau cheiro.
Alencar afirmou que a situação é um reflexo da falta de ação da prefeitura e denunciou que o contrato com a empresa Locar Serviços Ambientais, responsável pela coleta, foi renovado com um aditivo de R$ 9 milhões em agosto deste ano, elevando o valor pago à empresa para cerca de R$ 51 milhões.
O vereador questionou a decisão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que está prestes a concluir seu segundo mandato, de aumentar a verba destinada ao serviço de coleta a poucos dias de sua saída do cargo.
“Isso é um tapa na cara da população que paga uma taxa de lixo, inclusive com retroativo”, afirmou, referindo-se a cobranças de taxas de lixo não previstas.
Dilemário também relatou que visitou diversos bairros e constatou que 11 caminhões de lixo estão quebrados e parados na garagem da empresa, o que tem dificultado ainda mais a realização do serviço.
Além disso, o parlamentar obteve a aprovação para convocar o proprietário da Locar para explicar o motivo da prorrogação do contrato e os problemas enfrentados pela população.
A audiência pode ocorrer na próxima semana, com data a ser confirmada pela presidência da Câmara.
Em resposta, a Prefeitura de Cuiabá, por meio da empresa Limpurb, informou que está organizando uma força-tarefa para regularizar a coleta de lixo em toda a cidade, com prazo para conclusão no dia 26 de novembro.
A ação, que teve início na Grande CPA, será acompanhada por fiscais da Prefeitura para garantir a eficiência dos serviços.
No entanto, os questionamentos sobre o aditivo de R$ 9 milhões não foram respondidos pela administração municipal.