O presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Chico 2000 (PL), declarou que a Procuradoria da Casa Legislativa terá a tarefa de esclarecer dúvidas sobre a possibilidade de votação do processo de cassação do vereador Paulo Henrique (MDB), afastado judicialmente após ser alvo da Operação Pubblicare da Polícia Federal.

De acordo com Chico 2000, a incerteza jurídica sobre a situação impede o prosseguimento imediato do caso.

“Não posso submeter qualquer processo à votação se tenho dúvidas sobre ele. O vereador Paulo Henrique está afastado judicialmente do mandato. A Procuradoria precisa falar se cabe essa votação com ele afastado do mandato”, disse.

O vereador enfrenta um processo na Comissão de Ética por seu suposto envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro operado por uma organização criminosa.

Conforme denúncias do Ministério Público, Paulo Henrique liderava o esquema que usava casas noturnas para disfarçar a origem ilícita de recursos.

Kássio Coelho (Podemos), relator do caso na Comissão de Ética, afirmou que o relatório será finalizado ainda nesta semana, para posterior envio ao plenário.

Mesmo sem defesa apresentada por Paulo Henrique, Coelho destacou que há precedentes que podem permitir o avanço do processo.

“Vou entregar o relatório ao presidente para que o tema venha ao plenário, porque a sociedade está cobrando uma resposta”, declarou.

Paulo Henrique tornou-se réu na semana passada, após o juiz Jean Garcia de Freitas, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, aceitar as acusações formais do Ministério Público.

A Operação Pubblicare gerou forte repercussão na capital mato-grossense.

A população tem pressionado por respostas rápidas e uma resolução definitiva para o caso, que coloca em evidência a relação entre agentes públicos e atividades ilícitas.

A decisão sobre a viabilidade da votação de cassação está agora nas mãos da Procuradoria da Câmara, que deve definir os próximos passos.

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