A influenciadora Ianka Cristini, presa há uma semana em Balneário Camboriú pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), tem um patrimônio de mais de R$ 50 milhões. Ianka é acusada de envolvimento nos golpes do jogo Fortune Tiger, o jogo do Tigrinho. Ela é acusada de enganar seus seguidores com dicas fraudulentas, levando-os a acreditar que ficariam ricos jogando. Pelas perdas das pessoas, ela era comissionada em grana viva e assim teria acumulado a fortuna ilícita.
Somente em carros de luxo, a influenciadora possuía R$ 8 milhões. Entre os veículos apreendidos pela polícia estão uma McLaren Spider, três BMWs (modelos X6, M3 e F850), Cadillac Escalade, BYD Song e Honda HR-V Touring. Os veículos estão apreendidos no quartel da Polícia Militar de BC.
Além dos veículos, foram confiscados eletrônicos, como celulares, iPads, MacBooks, notebooks, iMacs e computadores, além de R$ 10 mil em dinheiro e muitas bolsas e itens de luxo. Todas as redes sociais dela e do marido, Bruno Martins, também influenciador, estão bloqueadas pela Justiça, e os bens do casal foram judicialmente confiscados.
Os bens foram bloqueados para que possam ser usados no ressarcimento das vítimas. Para reaver os valores perdidos, as vítimas devem denunciar o crime ao Ministério Público. As denúncias podem ser feitas pelo telefone (47) 99165-2791, via WhatsApp.
No momento da denúncia, a vítima deve informar nome completo, CPF, RG, anexar cópias desses documentos e descrever o prejuízo causado pelo jogo. Também é importante incluir comprovantes de pagamento das apostas, como prints ou outros documentos que demonstrem os valores perdidos. O Ministério Público ainda não divulgou o número de denúncias recebidas contra Ianka.
Tá na cadeia
Ianka foi presa preventivamente na última terça-feira em uma das torres do Yachthouse, prédio onde Neymar possui uma cobertura, em Balneário Camboriú. Além dela e do marido, uma assessora também foi presa, e a operação cumpriu 15 ordens judiciais.
As investigações apontam que a influenciadora enganava os seguidores mostrando supostos ganhos disputando o jogo. O esquema gerava comissões tanto pelas perdas financeiras dos seguidores quanto pelo número de cadastros em plataformas de jogos de azar. Informações indicam que Ianka chegou a lucrar mais de R$ 1 milhão por semana com a prática criminosa.
