Nesta sexta-feira (31), a praça Alencastro, em Cuiabá, foi palco de um evento que uniu solidariedade e reivindicação social. O Fórum de População de Rua organizou um “banquetaço” para distribuir marmitas e comemorar a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a prefeitura e o Ministério Público.
O acordo assegura a continuidade do programa de alimentação para pessoas em situação de rua, além de melhorias nas políticas públicas voltadas para essa população.
O gesto de solidariedade marcou também a resistência contra as polêmicas declarações do prefeito Abilio Brunini, que havia proposto a proibição da distribuição de marmitas em vias públicas, alegando questões sanitárias e de segurança.
Embora não tenha se reunido com o grupo, membros da gestão municipal foram vistos acompanhando o ato na praça.
A assistente social Glória Maria, do Fórum, celebrou a mobilização popular e a aceitação do TAC pela prefeitura.
Segundo ela, a assinatura do acordo foi uma vitória importante, mas o diálogo com a gestão municipal ainda é essencial para que as ações atendam de forma mais digna e organizada quem vive em situação de rua.
Para a diarista Franciele Costa, que já viveu essa realidade, a dor da fome é uma marca profunda.
Hoje, engajada no movimento, ela defende a implementação de políticas públicas que devolvam dignidade a essas pessoas. “Enquanto houver vida, há esperança”, disse emocionada.
O TAC firmado determina que a prefeitura apresente, em até 60 dias, um diagnóstico sobre a situação da população em situação de rua e implemente ações como oferta de locais adequados para refeições, banheiros públicos, lavanderias sociais e melhorias nos albergues.
Além disso, um comitê foi criado para monitorar e acompanhar a execução dessas medidas.
O evento também evidenciou a solidariedade dos cuiabanos. Mesmo diante de polêmicas e críticas, a sociedade demonstrou apoio à causa, reforçando que o combate à fome deve ser prioridade, independentemente das circunstâncias.
> Click aqui e receba notícias em primeira mão.