A China e o Canadá anunciaram nesta terça-feira (4) um aumento significativo nas tarifas sobre produtos importados dos Estados Unidos, em resposta às recentes medidas protecionistas do presidente Donald Trump.
Pequim elevou em 15% as tarifas sobre alimentos e produtos agrícolas americanos, além de impor novas restrições às exportações de empresas dos EUA.
O governo chinês também acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC), alegando que as taxas impostas por Washington violam as regras comerciais internacionais.
O Canadá, por sua vez, adotou uma postura semelhante. O primeiro-ministro Justin Trudeau anunciou a aplicação de tarifas adicionais sobre quase US$ 100 bilhões em importações americanas, com validade inicial de 21 dias.
A decisão surge após a entrada em vigor das tarifas de 25% impostas pelos Estados Unidos sobre aço e alumínio vindos do Canadá e do México, países que juntos representam cerca de 40% das importações desses materiais para os EUA.
As tensões comerciais se intensificaram desde que Trump assinou, em 10 de fevereiro, uma ordem executiva determinando a imposição de amplas tarifas sobre aço e alumínio, sem exceções ou isenções.
O presidente justificou a medida afirmando que buscava fortalecer a indústria americana e garantir maior competitividade para os produtores nacionais.
No entanto, a decisão gerou forte reação dos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos, desencadeando uma nova onda de retaliações que pode agravar a guerra comercial global.
Especialistas alertam que o aumento das tarifas e as disputas na OMC podem impactar diretamente a economia mundial, afetando preços, cadeias de suprimentos e o comércio internacional.
Enquanto a Casa Branca mantém a postura firme na política tarifária, China e Canadá indicam que novas medidas podem ser adotadas caso Washington não reveja suas imposições.