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ECONOMIA Sábado, 11 de Janeiro de 2025, 09:42 - A | A

Sábado, 11 de Janeiro de 2025, 09h:42 - A | A

ACIMA DO TETO

Presidente do BC culpa ‘economia forte’, dólar e ‘ciclo do boi’ por inflação

Inflação oficial do país, fechou 2024 em 4,83%, acima do teto da meta estipulada pelo próprio governo, de 4,5%

 

Em carta aberta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que o ritmo forte de crescimento da atividade econômica, depreciação cambial e fatores climáticos estão entre os aspectos que contribuíram para que a inflação em 2024 tenha ficado em 4,83%, acima do teto da meta estipulada pelo próprio governo, de 4,5%

 

“A inflação em 2024 ficou acima do intervalo de tolerância em decorrência do ritmo forte de crescimento da atividade econômica, da depreciação cambial e de fatores climáticos, em contexto de expectativas de inflação desancoradas e inércia da inflação do ano anterior. Portanto, a inflação envolveu uma gama ampla de fatores. No sentido contrário, destacase a queda do preço internacional do petróleo no segundo semestre do ano”, diz o texto.

 
 

IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), a inflação oficial do país, fechou 2024 em 4,83%, acima do teto da meta estipulada pelo próprio governo, de 4,5%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

O resultado foi puxado, principalmente, pela carne e gasolina, que tiveram um aumento de 20,84% e 9,70%, respectivamente. No documento, a autoridade monetária cita a alta em bens industriais, serviços, alimentação no domicílio e administrados.

 

 

Em relação à depreciação cambial, Galípolo comenta que decorreu principalmente de fatores domésticos, complementada pela valorização global do dólar norte-americano, citando, ainda, uma queda de 19,7% do real entre dezembro de 2023 a 2024. “Entretanto, o fato de o real ter sido a moeda de maior depreciação em 2024, considerando seus pares ao nível internacional e os países avançados, sugere que fatores domésticos e específicos do Brasil tiveram papel expressivo nesse movimento cambial”, escreveu.

Em contrapartida, o documento aponta que a queda no preço internacional do petróleo “amorteceu” o impacto da depreciação cambial.

 

O novo presidente do BC também atribui os efeitos da seca e o ciclo do boi para o resultado do quadro inflacionário no país. Por fim, Galípolo informou estratégias tomadas para garantir que a inflação volte ao limite, entre elas a meta para a taxa Selic. Segundo as projeções, a inflação continuará acima do limite até o terceiro trimestre de 2025, entrando depois em queda, mas ainda permanecendo acima da meta.

 

Selic

Em dezembro, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu, de forma unânime, aumentar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano. A alta é a terceira consecutiva desde setembro, e a maior desde maio de 2022, quando o comitê também tinha aumentado a Selic em 1 ponto percentual. A decisão veio alinhada às expectativas do mercado financeiro, que projetava a elevação dos juros, e o Copom informou que a depender da evolução da inflação nos próximos meses pode promover novas altas de 1 ponto percentual na Selic.

Em comunicado, o Copom informou que o pacote do governo federal para conter gastos anunciado recentemente “afetou, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco, as expectativas de inflação e a taxa de câmbio”.

Noticias R7

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