Após anos de sonho e planejamento, o ex-nadador olímpico Felipe Lima lançou em Cuiabá o Projeto Nadar, uma iniciativa que une esporte e cidadania.

 

Atualmente, o programa atende 85 crianças e adolescentes de baixa renda, oferecendo aulas de natação gratuitas na piscina da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso).

 

A ação é parte do Instituto Felipe Lima, criado inicialmente para apoiar sua carreira esportiva, mas que agora cumpre um propósito social de grande impacto.

 

Felipe, que se destacou como um dos maiores nomes da natação do Mato Grosso e representou o Brasil em duas Olimpíadas, enfrentou dificuldades financeiras durante sua carreira.

 

Essa experiência o inspirou a ampliar o acesso ao esporte, especialmente para crianças de comunidades carentes.

 

"A ideia do projeto nasceu em 2016, com a Lei de Incentivo ao Esporte. O objetivo sempre foi reverter os benefícios que eu recebi em oportunidades para outros", explicou o atleta, que se aposentou em 2022.

 

O Projeto Nadar é financiado pela Lei de Incentivo ao Esporte (LIE), emendas parlamentares e patrocínios de empresas como SportTV e John Deere.

 

O programa é gratuito e fornece materiais como maiôs, toucas e mochilas, além de promover habilidades como autoconfiança e trabalho em equipe.

 

Apesar do sucesso inicial, o projeto enfrenta limitações devido à falta de recursos e espaços adequados. Mais de 500 crianças se inscreveram no primeiro edital, mas apenas 85 vagas foram oferecidas.

 

"É uma alegria ver tanta procura, mas também é triste não poder atender a todos", lamentou Felipe.

 

A expansão está no horizonte, com planos para incluir reforço escolar, apoio nutricional e transporte em 2025.

 

No entanto, a falta de infraestrutura esportiva em Cuiabá e a dificuldade de captação de recursos representam desafios.

 

"Estamos buscando parcerias com clubes e órgãos públicos para aumentar o alcance do projeto e reformar piscinas que possam ser utilizadas", revelou o ex-atleta.

 

O Projeto Nadar reflete o compromisso de Felipe Lima com a inclusão social e o futuro de jovens cuiabanos. "Queremos transformar o esporte em uma ferramenta de mudança de vidas", concluiu.