A policial penal Mayalu Neponuceno expressou sua indignação nas redes sociais contra a decisão de um delegado da Polícia Civil de liberar, em poucas horas, a dentista A.P.F.S., flagrada ao tentar entrar na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, com celulares, carregadores e fones de ouvido escondidos no jaleco.
A dentista foi presa em flagrante sob a acusação de tentar entregar os itens a uma detenta, mas foi liberada rapidamente, para responder ao processo em liberdade.
Mayalu, que estava de plantão no momento da ocorrência, no dia 13 de dezembro, criticou a decisão do delegado, que classificou o crime como de "menor potencial ofensivo". Em um vídeo publicado no Instagram, a policial desabafou:
"Essa delinquente foi levada à delegacia e, chegando lá, ele entendeu que o crime era de menor gravidade. Resultado: ela foi para casa e, às 10 horas da noite, já estava na cama dela."
A agente também destacou o esforço coletivo dos policiais penais envolvidos na apreensão e sua frustração com a rotina desgastante e pouco reconhecida da categoria.
"Cheguei em casa mais de 24 horas depois de começar o meu plantão. Trabalhando, ganhando meu pão, enquanto essa bandida dormia na caminha dela", afirmou Mayalu.
Ela lamentou ainda a falta de visibilidade do trabalho dos policiais penais, mencionando que a categoria "não tem destaque", ao contrário de outras forças que podem exibir suas ações. "Infelizmente, isso é recorrente. Parece que estamos enxugando gelo", disse a policial.
Em seu desabafo, Mayalu enfatizou a dedicação de seus colegas e pediu maior reconhecimento para os policiais penais.
"Existem muitos profissionais honrados e valorosos. Nós merecemos reconhecimento."
Wendell Sampaio 14/12/2024
Muita covardia. Mas um país que tem Alexandre de Moraes, querem mais confiar no Judiciário? A impressão é que tá todo mundo na folha de pagamento.
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