Nas últimas semanas, os céus de Nova Jersey, nos Estados Unidos, tornaram-se palco de mistério e especulação devido ao avistamento de Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs), ou, como são oficialmente designados, Fenômenos Anômalos Não Identificados (UAP).
No entanto, a Casa Branca afirmou nesta quinta-feira (12) que os objetos avistados não são alienígenas, mas drones operados legalmente.
Segundo John Kirby, porta-voz de segurança nacional, análises de tecnologias avançadas indicam que os objetos avistados – descritos como tendo o tamanho de carros – são drones dentro das normas de operação
. Ele assegurou que, até o momento, não há evidências de que representem uma ameaça à segurança nacional ou pública.
Apesar disso, o Departamento de Segurança Interna (DHS) e o FBI continuam investigando os incidentes em parceria com autoridades locais.
Os primeiros avistamentos ocorreram sobre rios e aquíferos, mas os drones também foram vistos em áreas sensíveis, como um arsenal militar e o campo de golfe de Donald Trump, presidente eleito dos EUA.
No último domingo (8), dezenas de relatos de cidadãos preocupados chegaram ao governo de Nova Jersey, intensificando a pressão sobre as autoridades.
Embora a Casa Branca minimize os riscos, o episódio gerou críticas de políticos. O senador democrata Richard Blumenthal, de Connecticut, expressou insatisfação com a falta de transparência. “O governo deveria agir de forma mais agressiva contra esses drones e informar quem os está pilotando e com qual propósito”, declarou.
Já o governador de Nova Jersey, Phil Murphy, alinhou-se com a posição federal, afirmando que não há indícios de ameaça iminente, embora alguns legisladores defendam leis mais rígidas para regular o uso de drones.
O FBI solicitou aos cidadãos que relatem novos avistamentos e enviem quaisquer imagens ou vídeos para ajudar na investigação.
Enquanto isso, a Casa Branca reforça a necessidade de ampliar as autoridades antidrones no Congresso, para garantir maior controle sobre situações como esta.
Apesar das explicações oficiais, o caso continua a alimentar o debate sobre segurança aérea e a falta de regulamentação sobre drones em áreas sensíveis, uma preocupação crescente em tempos de tecnologia avançada e riscos cibernéticos.