Bashar al-Assad, o agora ex-presidente da Síria, governou o país por 24 anos, após assumir o poder em 2000, sucedendo seu pai, Hafez al-Assad, que morreu após três décadas no comando.
Nascido em Damasco, no dia 11 de setembro de 1965, Bashar estudou Medicina, se especializou em oftalmologia e fez pós-graduação em Londres.
Seu caminho para o poder, no entanto, não estava traçado: ele não era o herdeiro natural do governo, mas sim seu irmão mais velho, Bassel, que morreu em um acidente de carro em 1994, o que levou Bashar a assumir o cargo.
A família Assad, pertencente à minoria alauita, xiita, governou a Síria desde a década de 1970, quando Hafez al-Assad tomou o poder por meio de um golpe de Estado.
Bashar, agora com 59 anos, governou a Síria por mais de duas décadas, e seu regime foi marcado por tensões internas e externas.
Sob seu comando, o país passou por uma longa guerra civil, envolvendo uma série de facções e potências estrangeiras, o que resultou em imensa destruição e milhares de mortos.
Recentemente, após a tomada de Damasco por rebeldes do grupo HTS, liderado por Mohammed al-Golani, Bashar al-Assad fugiu para a Rússia, onde recebeu asilo político, segundo fontes do Kremlin.
Sua saída marca o fim de um governo que durou mais de 50 anos, iniciado por seu pai.
O regime dos Assad era amplamente criticado por sua repressão, violação dos direitos humanos e uso de violência contra opositores, mas também manteve alianças com potências como a Rússia e o Irã, que lhe forneceram apoio crucial durante a guerra civil.