A monarquia norueguesa enfrenta uma grave crise de reputação em meio ao maior escândalo já registrado em sua história, envolvendo Marius Borg Høiby, filho da futura rainha Mette-Marit. Aos 27 anos, Marius está sob investigação por acusações de estupro e violência, que ganharam repercussão mundial.
No dia 4 de agosto, o jovem foi detido em Oslo, acusado de estuprar sua namorada. Em uma declaração pública, ele admitiu ter agido com violência durante a briga e revelou lutar contra "transtornos psicológicos" e um "vício em drogas". As polêmicas se intensificaram após a divulgação de novas acusações por parte de ex-namoradas, que alegam terem sido vítimas de agressões, ameaças e abuso.
Enquanto isso, o ano conturbado da monarquia foi agravado pelo casamento da princesa Märtha Louise com o autoproclamado xamã Durek Verrett, que enfrenta acusações de charlatanismo. Além disso, a saúde do rei Harald, de 87 anos, gerou preocupações após uma infecção que o obrigou a se afastar das funções reais.
Apesar de uma queda no apoio à monarquia – de 81% em 2017 para 62% em 2024 – os analistas afirmam que o sistema ainda está longe de ser ameaçado, graças à popularidade do príncipe herdeiro Haakon e de sua esposa, Mette-Marit.
"Às vezes, a vida é muito difícil. Isto é algo que todos podem experimentar, incluindo a nossa família", declarou o rei Harald em um raro pronunciamento.
Embora a casa real continue sob os holofotes, especialistas apontam que os danos podem ser contidos enquanto os escândalos não atingirem diretamente os membros centrais da monarquia.