O prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), confirmou que exonerará todos os diretores das escolas municipais nos primeiros dias de sua gestão, prevista para iniciar em janeiro de 2025.

 

A decisão, segundo ele, é uma resposta às denúncias de uso político das escolas durante o processo eleitoral.

 

A polêmica envolve o atual vice-prefeito, José Roberto Stopa (PV), que, em vídeos compartilhados nas redes sociais, teria utilizado reuniões em unidades escolares para pedir votos ao ex-candidato Lúdio Cabral (PT) no segundo turno das eleições.

 

Abilio relembrou um episódio em que Stopa teria incentivado professores e diretores a fazer campanha dentro das escolas.

 

“Vocês lembram disso? Essa situação é o que nos provoca a fazer todas as mudanças de diretores. Nós não queremos que se faça política dentro das escolas”, afirmou o prefeito eleito.

 

Abilio explicou que, diante da impossibilidade de identificar com precisão quais diretores participaram da campanha irregular, a decisão foi de substituir todos os profissionais.

 

Ele destacou, entretanto, que diretores bem avaliados e que não possuam ligações políticas poderão ser reconduzidos aos cargos.

 

“Quem é o diretor que fez campanha para alguém na escola? Nós não sabemos mensurar quem fez. Então, a gente vai remover todo mundo e fazer um filtro melhor para escolher os profissionais que cuidem da educação de forma imparcial e apartidária", declarou.

 

A denúncia, que gerou repercussão na reta final das eleições municipais, levou a coligação "Resgatando Cuiabá", liderada por Abilio, a entrar com uma ação na Justiça Eleitoral pedindo providências.

 

Apesar das investigações em curso, a exoneração será aplicada de maneira geral, como parte de uma estratégia para “zerar” possíveis interferências e dar início a uma gestão alinhada à neutralidade política nas escolas municipais.

 

Abilio reforçou que sua prioridade é garantir que o ambiente escolar esteja focado exclusivamente na educação e longe de interesses partidários. "Os que forem bons e não ligados à política poderão retornar", concluiu.