O prefeito eleito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), manifestou preocupação em relação à grave situação financeira da Secretaria Municipal de Saúde, herdada da gestão de Emanuel Pinheiro (MDB).
Durante uma vistoria no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) nesta semana, Abílio destacou os R$ 200 milhões em dívidas atribuídas à Empresa Cuiabana de Saúde Pública, afirmando que a situação inviabiliza qualquer alternativa para manter a empresa ativa.
"Entregar uma Empresa Cuiabana quebrada, que se fosse privada estaria em recuperação judicial, com R$ 200 milhões de dívidas... É custo de operação dela por um ano. Ela está devendo para terceiros e possui impostos trabalhistas", afirmou o prefeito eleito.
Ele também enfatizou que, sob sua gestão, não há mais necessidade de manter a Empresa Cuiabana, uma vez que sua principal função — desburocratizar processos licitatórios — se tornou obsoleta com mudanças na legislação de licitações.
De acordo com Abílio, a empresa foi criada para simplificar contratações em um contexto em que as licitações eram mais morosas. Contudo, ele considera que os processos atuais são mais transparentes e eficientes, eliminando a necessidade da estrutura pública.
Apesar da proposta de extinguir a Empresa Cuiabana, Abílio assegurou que a população não será prejudicada nos serviços de saúde. Ele pretende aprimorar as funções das secretarias-adjuntas da pasta, como as responsáveis pela atenção primária, secundária, hospitalar e gestão.
"A secretaria tem adjuntas, vamos aperfeiçoar essas funções. Já temos esses instrumentos", declarou.
As declarações do futuro gestor reforçam a preocupação com os desafios financeiros e estruturais que a Saúde enfrenta em Cuiabá, especialmente em um momento de transição política.
Com planos de ajustes administrativos e cortes em estruturas deficitárias, Abílio promete buscar soluções para reverter o cenário preocupante deixado pela administração anterior.