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JUDICIÁRIO Sexta-feira, 28 de Fevereiro de 2025, 08:17 - A | A

Sexta-feira, 28 de Fevereiro de 2025, 08h:17 - A | A

DECISÃO JUDICIAL

Justiça mantém Thelma de Oliveira em ação de improbidade contra Dante e nega exclusão

A decisão, assinada pela juíza Célia Vidotti, da Vara Especializada em Ações Coletivas, foi publicada nesta quinta-feira (27)

 

A Justiça de Mato Grosso manteve a ex-primeira-dama e ex-deputada federal Thelma de Oliveira como espólio do ex-governador Dante de Oliveira em uma ação de improbidade administrativa.

 

A decisão, assinada pela juíza Célia Vidotti, da Vara Especializada em Ações Coletivas, foi publicada nesta quinta-feira (27).

 

Dante, falecido em 2006, foi condenado ao lado do publicitário e ex-secretário de Comunicação, Júlio Valmórbida, pelo uso da publicidade oficial do Governo para autopromoção.

 

Ambos foram sentenciados a devolver R$ 14,7 mil aos cofres públicos, valor que, atualizado, chega a R$ 431 mil.

 

Na decisão, Vidotti rejeitou o pedido de exclusão de Thelma da ação, afirmando que ela não figura como parte do processo, mas sim como representante do espólio do ex-governador.

 

Com isso, a magistrada manteve o bloqueio de bens da ex-primeira-dama e determinou que sua defesa apresente a matrícula atualizada de um imóvel oferecido como garantia para a penhora.

 

Acordo com ex-secretário

 

Na mesma decisão, a juíza homologou um acordo entre Valmórbida e o Ministério Público Estadual (MPE), que resultou na exclusão do ex-secretário do processo. Pelo acordo, ele pagará R$ 218.398,74 em 100 parcelas mensais.

 

“Diante do exposto, não sendo verificado nenhum vício formal e constatada a voluntariedade, legalidade e regularidade, homologo, para que surta seus jurídicos e legais efeitos, o Acordo de Não Persecução Cível firmado entre o Ministério Público do Estado de Mato Grosso e Julio Cesar Valmórbida”, diz trecho da decisão.

 

O caso

 

O processo teve origem em uma ação do MPE contra Dante e Valmórbida por um anúncio veiculado em 31 de março de 1995 em rádios e TVs. A peça publicitária dizia: “Amanhã, 1º de abril, assistam as maiores mentiras dos últimos quatro anos”, em referência ao governo anterior, de Jayme Campos.

 

Nos dias seguintes, a imprensa escrita divulgou uma notícia listando supostas mentiras da antiga gestão em áreas como educação, saúde e infraestrutura. O material afirmava que “nos últimos quatro anos de Governo todos os dias foram 1º de abril” e que “truques e mentiras são coisas do passado”.

 

O MPE sustentou que a campanha ultrapassou os limites da legalidade, gerando prejuízo ao erário ao utilizar dinheiro público para promover o governo Dantede Oliveira.

 

 

 

 

 

 

 
 
 

 

 

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