O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou nesta quarta-feira (14) um pedido de habeas corpus a Sandro Silva Rabelo, conhecido como "Sandro Louco", um dos fundadores do Comando Vermelho em Mato Grosso. Preso na Operação Ativo Oculto, deflagrada em março de 2023 pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Rabelo permanece detido na Penitenciária Central do Estado (PCE).
A defesa argumentou que sua prisão é indevida, citando que outros acusados na mesma operação tiveram suas prisões preventivas revogadas. Eles também alegaram que o tempo de isolamento de Sandro na área de segurança máxima foi suficiente para afastá-lo do crime. No entanto, o ministro Joel Ilan Paciornik, do STJ, decidiu manter a prisão, afirmando que não há indícios claros de ilegalidade no caso e que a análise detalhada será feita em um julgamento posterior.
Sandro Louco possui condenações que somam mais de 200 anos por crimes como roubo, homicídio, sequestro e porte ilegal de armas. Ele foi capturado pela primeira vez em 2000, mas escapou várias vezes até sua última prisão em 2005. Desde então, ele cumpre pena na PCE, onde passou mais de um ano em isolamento.
A Operação Ativo Oculto, que resultou em sua prisão, investigou crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens relacionados às atividades do Comando Vermelho no estado, cumprindo centenas de mandados em Mato Grosso e outros estados.
