Na quinta-feira (12), o Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA) decidiu manter a multa de R$ 105 mil aplicada ao empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, conhecido como Junior Mendonça, por instalar um posto de gasolina sem a devida licença ambiental.
A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado e rejeitou o pedido do empresário para anulação ou redução do valor da multa, mantendo a punição original.
Junior Mendonça é proprietário da Comercial Amazônia de Petróleo, uma rede com mais de 20 postos de combustível em Cuiabá e Várzea Grande.
Além de sua atuação no setor, Mendonça é reconhecido por sua colaboração na Operação Ararath, da Polícia Federal, que resultou em diversas investigações, incluindo a prisão do ex-governador Silval Barbosa.
Durante a operação, foi revelado que outra empresa de Mendonça, ligada ao fomento mercantil, atuava como um “banco clandestino”, financiando políticos e campanhas eleitorais com recursos públicos desviados.
Apesar do histórico controverso, Mendonça tentou recorrer da multa, alegando que o valor era desproporcional.
No entanto, o CONSEMA decidiu, de forma unânime, manter a penalidade, baseando-se nos artigos 48 e 66 do Decreto Federal nº 6.514/2008.
Este não foi o único caso envolvendo as irregularidades da rede de combustíveis de Mendonça. Em 2021, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) chegou a suspender a construção de uma unidade na MT-251, em Cuiabá, por falta de licenciamento ambiental.
Na época, Mendonça conseguiu autorização judicial para retomar as obras, e o posto opera atualmente.