O ex-servidor da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Hilton da Costa Campos, teve seu acordo de delação premiada cancelado após não cumprir o prazo de devolução dos R$ 118,4 mil acordados com a Justiça.
O valor, referente a um esquema que desviou R$ 1,7 milhão entre 2010 e 2014, deveria ter sido pago até agosto de 2024, mas foi quitado somente após a rescisão do acordo em outubro.
Na decisão, o juiz João Portela considerou a atitude como indício de má-fé e comportamento estratégico inadequado ao instituto da colaboração premiada.
"Ressalte-se que o pagamento efetuado ocorreu apenas após a decisão que rescindiu o acordo e prolação de sentença condenatória, denotando que o colaborador, ao que tudo indica, aguardou deliberadamente o desfecho da ação penal correlata para, somente então e de forma estratégica, efetivar o pagamento, já que melhor sorte não lhe assistiu no édito condenatório", diz trecho da decisão.