O juiz Bruno D’Oliveira Marques manteve a Ancar Ivanhoe, administradora do Pantanal Shopping, como parte da ação civil pública relacionada a um episódio de racismo ocorrido na loja Studio Z em 2021. O caso envolve a abordagem de Paulo Arifa, um cliente suspeito de furtar um sapato, e a atuação dos seguranças do shopping, que, segundo a acusação, agiram de forma discriminatória.
A ação foi movida por EDUCAFRO e o Centro Santo Dias de Direitos Humanos, pedindo uma indenização de R$ 40 milhões devido ao suposto constrangimento e tratamento discriminatório. Durante o incidente, o cliente, que não conseguiu apresentar a nota fiscal no momento, foi empurrado por seguranças e sofreu uma lesão no tornozelo. Mais tarde, ele retornou com a nota fiscal, comprovando a compra do produto.
A loja Studio Z fez um acordo com a Justiça, comprometendo-se a pagar R$ 300 mil para a realização de cursos de informática para a população negra, além de R$ 30 mil em honorários advocatícios. No entanto, a Ancar Ivanhoe, que administra o shopping, argumentou que o acordo firmado pela loja eximia a administradora de qualquer responsabilidade.
O juiz, porém, não aceitou esse argumento e manteve a decisão anterior, ressaltando que o pedido de indenização por danos morais coletivos é indivisível. Portanto, a Ancar Ivanhoe continua solidária na ação.
Além disso, o magistrado destacou que a Ancar Ivanhoe já havia recorrido por meio de um Agravo de Instrumento, mas a decisão foi mantida nos mesmos termos.
