O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) exigiu explicações do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) sobre uma reclamação disciplinar que envolve a desembargadora Marilsen Andrade Addario e os desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho.
A denúncia, feita pelo advogado Igor Xavier Homar, aponta decisões suspeitas em casos de disputas de terras, especialmente em processos envolvendo propriedades de alto valor, como a Fazenda Paraíso, com mais de 1,4 milhão de hectares no município de Luciara.
O corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell, emitiu um despacho solicitando que o TJMT informe em até 15 dias se já foi instaurada uma investigação interna para apurar os fatos.
A denúncia acusa os magistrados de proferirem decisões supostamente contraditórias para favorecer advogados envolvidos em corrupção, com destaque para o desembargador Sebastião de Moraes Filho, da 2ª Turma de Direito Privado.
Dois dos desembargadores citados, João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho, já estão afastados de suas funções por suspeita de envolvimento no assassinato do advogado Roberto Zampieri, em dezembro do ano passado.
Investigações apontam uma ligação próxima entre o advogado e os magistrados, levantando suspeitas de venda de sentenças.
