A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira (20), uma nova fase da Operação Sisamnes, com base em informações obtidas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). As investigações apontam para transações financeiras suspeitas envolvendo o desembargador João Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), afastado de suas funções desde agosto deste ano após o escândalo de venda de sentenças, revelado por dados extraídos do celular do advogado Roberto Zampieri.
Entre os indícios levantados, destaca-se o pagamento de uma parcela de R$ 25 mil referente à compra de uma motocicleta Harley Davidson, que possivelmente foi feita em favor do desembargador. Outra transação identificada pelo COAF envolveu Alice Terezinha, uma das servidoras investigadas, que teria transferido R$ 1,8 milhão para uma empresa na qual Zampieri era sócio. A PF também descobriu um pagamento de R$ 275 mil, feito por Alice, a uma empresa do setor imobiliário, possivelmente ligada ao desembargador.
Além das transações financeiras, a investigação apontou para uma série de aquisições e vendas de imóveis em nome de João Ferreira Filho e sua esposa, conforme registros nos sistemas notariais. Esses dados levantam suspeitas sobre a origem dos recursos e a possível prática de lavagem de dinheiro.
Diante das evidências, o ministro Cristiano Zanin autorizou o bloqueio de valores de até R$ 1,8 milhão de João Ferreira Filho e de Alice Terezinha, valor referente ao suposto dano causado pelas transações ilícitas. Além disso, foi determinada a proibição de qualquer contato entre o desembargador e a servidora Alice Terezinha.
As investigações continuam, e a Polícia Federal segue analisando o envolvimento de outros indivíduos no esquema de venda de sentenças e nas transações financeiras irregulares.
jose Maria S Jr 21/12/2024
E aí estão esperando oque para colocar na cadeia e exonerar este Desembargadores?
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