O Gabinete de Segurança de Israel aprovou, nesta terça-feira (26), um acordo de cessar-fogo com o grupo radical libanês Hezbollah, conforme informações divulgadas por uma autoridade israelense à CNN. A negociação, mediada pelos Estados Unidos, ocorre em meio ao aumento das tensões na região, mas ainda não foram divulgados detalhes sobre a implementação ou a duração do cessar-fogo.
A proposta de cessar-fogo, que prevê uma suspensão das hostilidades por 60 dias, foi apoiada pelos EUA, que enviaram um representante para negociações tanto em Israel quanto no Líbano. Segundo um oficial libanês, o acordo é visto como a base para um cessar-fogo definitivo e está em conformidade com os parâmetros estabelecidos pela Resolução 1701 da ONU, que pôs fim à guerra entre Israel e o Hezbollah em 2006.
Em pronunciamento durante a tarde, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que está pronto para implementar o cessar-fogo, mas advertiu que responderá com "força" a qualquer violação por parte do Hezbollah. "A suspensão das hostilidades está agora nas mãos de Israel", disse Netanyahu.
Na semana passada, tanto o Hezbollah quanto o governo libanês haviam sinalizado aprovação a uma proposta dos EUA. O líder do Hezbollah, Naim Qassem, declarou em 20 de novembro que o grupo havia revisado a proposta e estava disposto a encerrar os combates, dependendo da resposta israelense.
Fontes informaram à CNN que Netanyahu aprovou "a princípio" o acordo durante uma consulta de segurança com autoridades de Israel na noite de domingo (25). A proposta exige, entre outras condições, a retirada das forças israelenses do sul do Líbano, onde operam desde setembro, e uma aplicação mais rigorosa da Resolução 1701 da ONU, que determina que, na região ao sul do rio Litani, só podem atuar o Exército libanês e as forças de paz da ONU (Unifil).