No último sábado (18), o presidente da Argentina, Javier Milei, expressou sua decepção com a ausência do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) na cerimônia de posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, marcada para esta segunda-feira (20), em Washington. Durante um baile de gala em celebração à posse, Milei fez declarações à imprensa, atribuindo a proibição da presença de Bolsonaro ao “regime Lula”.
“Bolsonaro é um grande amigo e lamento muito que o regime de Lula não o tenha deixado vir”, afirmou Milei.
A proibição de Bolsonaro deixar o Brasil partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou dois pedidos da defesa do ex-presidente para a devolução de seus passaportes. Moraes argumentou que havia um risco real de “tentativa de evasão” por parte de Bolsonaro, que poderia se furtar à aplicação da lei penal.
Em uma declaração, Bolsonaro revelou estar constrangido por não poder comparecer à cerimônia. Ele acompanhou sua esposa, Michelle Bolsonaro, até o portão de embarque do aeroporto de Brasília, onde expressou seu sentimento de perseguição. “Estou me sentindo perseguido”, disse o ex-presidente, que será representado pela ex-primeira-dama e pelo filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Bolsonaro também manifestou a esperança de que Trump possa apoiá-lo na reversão de sua inelegibilidade no Brasil. “Com toda certeza, se ele me convidou, ele tem a certeza que pode colaborar com a democracia do Brasil afastando inelegibilidades políticas, como essas duas minhas que eu tive”, afirmou.