O governo de Javier Milei começa a mostrar resultados positivos no combate à pobreza na Argentina, com uma redução expressiva no índice de pobreza, que passou de 52,9% no início de sua gestão para 38,1% ao final de 2024, segundo dados oficiais divulgados nesta segunda-feira (31). A queda de 14 pontos percentuais, que reflete o controle da inflação e a recuperação lenta dos salários, foi amplamente esperada pelos analistas econômicos.
O governo comemorou o feito, destacando que o índice atual está abaixo do registrado no final do governo de Alberto Fernández e Cristina Kirchner, quando a pobreza era de 41,7%. Em um comunicado, o governo afirmou: “Esses índices refletem o fracasso de políticas do passado, que mergulharam milhões de argentinos na precariedade enquanto vendiam que estavam ajudando os pobres”.
O comunicado também reforçou que a política econômica adotada por Milei, centrada na “liberdade econômica e responsabilidade fiscal”, é a chave para a redução da pobreza a longo prazo e para restaurar a “dignidade do povo argentino”.
A pobreza foi medida com base na cesta básica total, que inclui alimentação, saúde, transporte e outros bens essenciais. Em dezembro de 2024, o valor da cesta básica total foi estimado em 356.300 pesos (cerca de R$ 1.906), enquanto a cesta básica de alimentos, sem incluir outros serviços, estava em 156.200 pesos (aproximadamente R$ 835).
Além da pobreza, a taxa de indigência, que se refere à situação de extrema carência, também caiu de 18,1% para 8,2% no mesmo período. Esse resultado foi impulsionado pelo crescimento da renda familiar superior ao aumento da cesta básica na segunda metade de 2024. No entanto, a eliminação dos subsídios estatais, como os de água e luz, aumentou as despesas da população, especialmente nas camadas mais vulneráveis.
Outro dado relevante, porém, é que o aumento da taxa de desemprego subiu de 5,7% no final de 2023 para 6,4% no final de 2024. O mercado de trabalho foi prejudicado pela paralisação de obras públicas e pela escassez de gastos estatais em infraestrutura.
O governo de Milei continua popular, com pesquisas mostrando que, apesar de um leve aumento na desaprovação, o presidente ainda mantém uma base sólida de apoio.
Fonte- Direita Online