O coordenador do Gaeco em Mato Grosso, promotor de Justiça Adriano Roberto Alves, afirmou que a percepção de que as facções criminosas não estão sendo combatidas é equivocada. Em entrevista à Rádio Cultura FM na quinta-feira (30.01), ele destacou que 90% das lideranças dessas organizações estão presas, mas apontou falhas no sistema prisional, que permite que detentos continuem comandando crimes de dentro das unidades.
“O problema não é de investigação por parte do Gaeco, de persecução penal, mas do sistema prisional, que facilita que essas pessoas deem ordens de dentro do presídio”, afirmou.
Alves ressaltou que o Gaeco investe cada vez mais em tecnologia para aprimorar investigações. Em 2024, a inteligência artificial (IA) será amplamente utilizada, com desenvolvimento de softwares para tornar as operações mais rápidas e precisas.
O promotor defendeu uma revisão na legislação para endurecer as penas contra integrantes de facções. Segundo ele, um código específico para esse tipo de crime é essencial para fortalecer o combate às organizações criminosas.
Alves também incentivou a população a denunciar extorsões praticadas por facções, garantindo o anonimato dos denunciantes. "Quem procurar o Ministério Público terá sua identidade protegida. Vamos intensificar as operações contra esses crimes", assegurou.