Emival Antunes Barbosa, de 47 anos, preso pelo feminicídio de sua esposa, Regiane Alves da Silva, de 29 anos, optou por permanecer em silêncio ao ser interrogado pela Polícia Civil sobre a motivação do crime.

 

O assassinato, ocorrido na tarde de quinta-feira (30), chocou a população de Confresa, no Mato Grosso, pela brutalidade e frieza do ato.

 

De acordo com o delegado Mauro Apoitia, que realizou a prisão do suspeito, Emival se limitou a reconhecer o crime, mas recusou-se a dar detalhes sobre os motivos.

 

“Ele respondeu que tinha ciência do que havia feito… E questionado sobre eventual motivação e tudo mais, o suspeito manteve-se em silêncio, que é o seu direito constitucionalmente assegurado”, explicou o delegado.

 

O crime aconteceu em um bar da cidade por volta das 13h. O casal estava no estabelecimento consumindo bebidas alcoólicas, enquanto Regiane segurava no colo a filha de apenas 3 anos.

 

Em determinado momento, uma discussão entre os dois escalou, e Emival atacou a vítima covardemente com uma faca, desferindo golpes na região do pescoço.

 

Após ver a esposa caída no chão, ele fugiu em um veículo Uno prata, que foi abandonado logo depois em outro ponto da cidade.

 

A polícia iniciou imediatamente as buscas, com apoio da Polícia Militar. O autor do crime foi localizado na mesma noite, escondido em uma área de mata a cerca de 10 km de Confresa.

 

“Nós já havíamos representado pela prisão preventiva, que foi deferida pelo Poder Judiciário. Então, já estávamos em posse do mandado, que foi cumprido na data”, afirmou o delegado Apoitia.

 

Após ser preso e interrogado na delegacia de Confresa, Emival será apresentado à Justiça para audiência de custódia.

 

O caso, marcado pela crueldade, é mais um exemplo da urgente necessidade de ações contra a violência de género no Brasil.