A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta sexta-feira (21), a Operação Falso Cognato para desarticular uma associação criminosa responsável por desviar mais de R$ 2,3 milhões de uma empresa de tecnologia animal em Rondonópolis.
O esquema envolvia a emissão fraudulenta de ordens de pagamento em duplicidade, resultando na prisão em flagrante de uma funcionária da companhia.
As investigações, conduzidas pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), começaram em 2024, quando representantes da empresa procuraram as autoridades após uma consultoria financeira identificar irregularidades.
A fraude foi descoberta depois que um cheque pré-datado foi sacado antes da data prevista, revelando a participação da funcionária no golpe.
De acordo com a Polícia Civil, a suspeita, que ocupava um cargo de confiança, era responsável por processar pagamentos e utilizava sua posição para emitir duas ordens simultâneas—uma legítima e outra fraudulenta, direcionada para a conta de um dos comparsas.
Com base nas provas reunidas, a delegada Anna Paula Marien solicitou e obteve autorização da Justiça para cumprir sete mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de contas bancárias dos envolvidos.
Durante a operação, os policiais apreenderam três veículos (uma Ford Ranger, uma S10 e um Ford Ka), além de joias, celulares, relógios e documentos que ajudarão a aprofundar as investigações.
"A apuração revelou um esquema bem estruturado para realizar pagamentos duplicados, causando um prejuízo significativo à empresa", afirmou a delegada Marien.
O nome da operação, Falso Cognato, faz referência ao método utilizado pelos criminosos para enganar a empresa, simulando transações legítimas para ocultar os desvios.
As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos.