Adriano Aparecido Fabrício, preso por intimidar uma juíza eleitoral na cidade de Sorriso às vésperas das eleições municipais, solicitou a sua liberdade ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT).
A defesa argumenta que ele não reconheceu a magistrada, afirmando que "juízes não são celebridades".
O incidente ocorreu quando a juíza, que removia peças publicitárias irregulares na via pública, foi confrontada por Fabrício, que fechou seu carro e desceu do veículo para discutir.
A defesa alega que a magistrada usava roupas casuais e não possuía identificação que a ligasse ao Judiciário, sugerindo que o réu poderia ter pensado que ela era apenas uma apoiadora de um candidato concorrente.
A ação foi filmada e o vídeo divulgado nas redes sociais no fim de semana das eleições, gerando grande repercussão.
A magistrada relatou à polícia ter sido ameaçada e constrangida, com o caso registrado como ameaça, constrangimento ilegal, calúnia e direção perigosa.
Os advogados de Fabrício, Ulisses Rabaneda e Renan Serra, pedem que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares, como a proibição de aproximação e contato com a vítima.
Eles argumentam que o réu não tinha como saber que se tratava de uma juíza.
