Na última segunda-feira (23), o prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), expressou duras críticas à postura dos vereadores da Câmara Municipal em relação à aprovação das contas do atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

 

A declaração foi feita durante uma visita à Câmara para acompanhar as audiências da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, que, segundo ele, ocorreram de maneira extremamente acelerada e sem a devida transparência.

 

Abilio classificou como “negativa” a imagem passada pelo Parlamento ao marcar para a próxima sexta-feira (27) a votação das contas dos exercícios de 2022 e 2023, além da própria LOA.

 

Ele destacou que essas decisões estão sendo tomadas no "apagar das luzes" do mandato atual, prejudicando o debate público e a participação popular.

 

"O Parlamento tem responsabilidade direta pela situação em que se encontra a Prefeitura. Imagine aprovar as contas de 2022 e 2023 numa sessão extraordinária, a poucos dias do fim desta legislatura, enquanto enfrentamos problemas como salários atrasados, falta de coleta de lixo e outras falhas graves de gestão", afirmou o prefeito eleito.

 

A empresa Bem Estar Prestadora de Serviços, terceirizada da Prefeitura, foi mencionada como um exemplo de má administração.

 

Funcionários têm denunciado atrasos de até quatro meses no pagamento de salários.

 

Além disso, problemas como a ausência de coleta de lixo em pontos estratégicos, como o Mercado do Porto, foram criticados por Abilio, que apontou a precariedade dos serviços básicos.

 

Ao chegar à Câmara na segunda-feira, o prefeito eleito encontrou as audiências da LOA já encerradas, fato que ele também lamentou:

 

"Fizeram duas audiências no mesmo dia, extremamente rápidas, sem tempo para que a população e a opinião pública pudessem acompanhar ou opinar. Isso é muito ruim para a imagem do Parlamento cuiabano", declarou.

 

A votação das contas e da LOA está marcada para uma sessão extraordinária no dia 27 de dezembro, com tendência de aprovação conforme o parecer do Tribunal de Contas do Estado.

 

Abilio, no entanto, mantém sua posição contrária, questionando a falta de debate e a eficiência da atual gestão.