Durante uma entrevista concedida no Palácio Paiaguás, sede do governo do Mato Grosso, o deputado federal Nelson Barbudo (PL-MT) fez duras críticas à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP).
A proposta, atualmente em discussão no Congresso Nacional, busca alterar a jornada de trabalho dos atuais seis dias consecutivos com um dia de descanso (escala 6x1) para uma nova configuração, como a escala 4x3 ou 5x2, proporcionando mais dias de descanso aos trabalhadores.
Nelson Barbudo não poupou palavras para manifestar sua discordância com a iniciativa. Ele classificou a PEC como uma "aberração" e afirmou que seria inviável economicamente para os empregadores. “Não tem país no mundo onde o patrão vai pagar 3 dias para o funcionário ficar à toa”, declarou.
Segundo ele, quem quiser folgar mais dias pode simplesmente negociar diretamente com o empregador, mesmo que isso implique em abrir mão do salário correspondente. “O funcionário pode dizer ao patrão: ‘Eu quero trabalhar 4 dias e folgar 3’. Pronto, ele não vai receber.”
A jornada 6x1 é amplamente adotada em setores como comércio, restaurantes e supermercados, com trabalhadores cumprindo 44 horas semanais e tendo um dia de descanso.
A proposta de Erika Hilton busca reduzir a carga semanal para 36 horas, com jornadas diárias de até 8 horas, garantindo aos trabalhadores maior equilíbrio entre trabalho e descanso.
Erika Hilton destacou que o texto pode ser ajustado no Congresso, sendo o modelo 5x2 um possível consenso.
Ainda assim, Barbudo classificou a proposta como populista e criticou a deputada.
“Sou favorável a uma PEC onde sentam na mesma mesa os funcionários, os patrões e os sindicalistas. A deputada colocou essa PEC para fazer uma graça aos eleitores que acham que vai ser aprovada. Qualquer jovem de 16 anos sabe que essa medida não é viável.”
A declaração do deputado gerou repercussão imediata. Nas redes sociais, muitos criticaram a fala de Barbudo, apontando que parlamentares, como ele, têm jornadas de trabalho flexíveis e salários elevados.
“Ele trabalha 3 dias por semana e vem falar bobagem aqui?”, escreveu um internauta. Outro usuário ressaltou: “Trabalhador quer ficar à toa? E vocês no Congresso, que têm salário de 40 mil e mordomias, trabalham quanto?”
Por outro lado, houve quem defendesse a posição do deputado. Alguns usuários apontaram que a medida impactaria gravemente o orçamento das empresas.
Um comentário destacou: “A proposta é inviável. Se o Estado reduzisse a carga tributária, até poderíamos discutir algo assim, mas a realidade do empresário brasileiro não comporta essas mudanças.”
O tema segue em debate no Congresso Nacional, dividindo opiniões de representantes sindicais, entidades patronais e trabalhadores.
Erika Hilton reforçou que o objetivo da PEC é melhorar a qualidade de vida do trabalhador brasileiro, mas destacou que está aberta a ajustes para garantir a viabilidade do projeto.
Enquanto isso, a PEC reacende discussões sobre a relação entre carga horária, produtividade e qualidade de vida no mercado de trabalho brasileiro.
ALAN 26/11/2024
Lembrando que vivemos no Brasil e tempo de descanso é = aumento das despesas, vc come mais, sai mais, gasta mais energia, enfim.. ai vai precisar trabalhar mais para pagar mais pelo tempo a mais que tem de \"descanso\" ..kkkk, no fim o governo vai deixar tudo caro (inflação inevitável com essa gastança de dinheiro) e seu dinheiro vai valer menos te forçando a trabalhar em outra atividade no tempo que vc deveria descansar/estudar/família, o governo ganha dinheiro com isso pq de um jeito ou de outro essa movimentação vai gerar impostos (no consumo ou nas novas atividades dos trabalhadores). Lembrando ainda que pix vai acabar e virar DREX e seu dinheirinho vai ser todo rastreado impedindo sonegação de imposto kkk
Luiz Henrique Frasson 26/11/2024
A melhor proposta seria 5 x 2 (trabalhar de segunda a sexta) e SÁBADO comemorar os possíveis feriados que cairem entre segunda e sexta... Apenas o Natal e Ano Novo ... Permanecer no dia em que cae... Uma proposta lógica e que melhoraria para os dois lados...patrão e empregado...
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