A movimentação nos bastidores da Câmara Municipal de Cuiabá está em ritmo intenso com a aproximação da eleição para a presidência da Mesa Diretora, marcada para o dia 1º de janeiro de 2025.
Dois blocos de vereadores se formaram para disputar o comando, que terá a responsabilidade de administrar um orçamento de cerca de R$ 110 milhões anuais.
De um lado, destaca-se um grupo liderado por sete vereadoras eleitas e outros aliados do prefeito eleito, Abílio Brunini (PL).
Esse bloco, que iniciou suas articulações em uma reunião na noite de segunda-feira,04, e reforçou alianças na terça-feira,05, conta com pelo menos 11 membros, com uma proposta inovadora: eleger uma chapa composta exclusivamente por mulheres. Entre as favoritas para a presidência, estão as vereadoras Michelly Alencar (União) e Paula Calil (PL).
Além de Michelly e Paula, integram esse bloco as vereadoras Samantha Iris (PL), Maysa Leão (Republicanos), Baixinha Giraldelli (Solidariedade), além de outros parlamentares que compartilham o apoio ao novo prefeito.
A vereadora Maria Avalone (PSDB), embora não esteja oficialmente no grupo, sinalizou um possível apoio, fortalecendo as chances dessa aliança feminina.
O bloco rival, formado majoritariamente por vereadores da base do atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), é liderado pelo vereador Pastor Jeferson Siqueira (PSD), que já se posicionou como candidato à presidência.
Com nove membros confirmados, o grupo inclui Alex Rodrigues (PV), Marcrean Santos (MDB), Adevair Cabral (Solidariedade) e outros vereadores experientes. Esse grupo visa manter uma linha de continuidade com a atual gestão e se apresenta como oposição ao novo governo de Abílio.
Chico 2000 (PL), atual presidente da Câmara e potencial candidato à reeleição, tem se reunido com lideranças de ambos os lados, buscando uma estratégia que lhe garanta apoio necessário para permanecer no cargo.
Uma reunião entre Chico e Pastor Jeferson está programada para os próximos dias e pode definir os rumos dessa disputa.
Além dos dois blocos principais, um pequeno grupo de cinco vereadores manifestou discordância com as articulações.
Estes vereadores alegam que o momento para alianças ainda não é oportuno e argumentam que a Câmara precisa focar em temas de maior relevância para a cidade antes de definir cargos.
Este grupo independente, que inclui Dilemário Alencar (União), Demilson Nogueira (PP), Pastor Eduardo Magalhães (Republicanos), Daniel Monteiro (Republicanos) e Sargento Joelson (PSB), pede mais transparência e um foco maior em projetos estratégicos para Cuiabá.
Com a data da eleição da Mesa Diretora se aproximando, o cenário político da Câmara Municipal de Cuiabá promete ficar ainda mais acirrado, com negociações em andamento e o futuro da liderança legislativa em jogo.