O senador Wellington Fagundes (PL) não poupou críticas à postura do Governo Federal em relação às pautas econômicas urgentes, como a Emenda Constitucional do Corte de Gastos.
Segundo ele, a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva está pressionando o Congresso Nacional a aprovar medidas fundamentais sem a devida avaliação, atropelando os ritos legislativos e ignorando o debate com a sociedade.
“Tudo o que o governo apresentou é para a gente votar em três semanas, sendo que só sobra para o Senado uma semana. Se mudarmos qualquer coisa, tem que voltar para a Câmara. Eles querem que aceitemos o que foi definido pela Câmara dos Deputados, sem passar por comissões, sem discutir com a sociedade brasileira”, afirmou Wellington.
Além disso, ele destacou que, antes do recesso de fim de ano, os senadores precisam votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o orçamento anual e a emenda constitucional proposta pelo governo.
O descumprimento dessas metas comprometeria o arcabouço fiscal e, consequentemente, o equilíbrio das contas públicas.
Entre as medidas apresentadas pelo governo estão mudanças na regra de cálculo do salário mínimo, concessão de benefícios sociais, alteração na aposentadoria de militares e novas regras tributárias, incluindo a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, prevista para 2026, e o aumento da alíquota para rendas superiores a R$ 50 mil.
Para o senador, as ações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), enfraquecem não só a gestão do presidente Lula, mas também a posição de Haddad no governo.
"É um governo brigando consigo mesmo. Os próprios ministros estão enfraquecendo o Haddad. O resultado disso foi a alta do dólar, o aumento da inflação e dos preços de itens básicos, como ovos e carne. Quem mais sofre com isso? O assalariado, aquele que ganha menos", concluiu Wellington.