O deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) respondeu ao questionamento dos repórteres do portal Estadão Mato Grossosobre o isolamento político enfrentado pelo ex-prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracate (MDB). Segundo relatos, Baracate estaria magoado, pois acredita que alguns aliados, que considerava amigos, têm se afastado dele após a derrota eleitoral. Para Júlio, essa situação é comum na política. “Político sem mandato nem vento bate na porta”, declarou o deputado, reforçando que o processo de isolamento é algo natural para quem deixa o poder.
Júlio Campos, que acumula décadas de experiência na política mato-grossense, recordou suas próprias derrotas eleitorais para contextualizar sua análise. Em 1998, ele foi derrotado na disputa ao governo do estado pelo então governador Dante de Oliveira, em uma campanha marcada pela consolidação das urnas eletrônicas. Anos depois, em 2008, perdeu a eleição municipal em Várzea Grande para Murilo Domingos. “Isso é normal na política. Já passei por isso duas vezes e posso afirmar que derrotas fazem parte do processo democrático”, comentou.
Apesar de reconhecer o momento difícil de Baracate, Júlio adotou um tom solidário e enfatizou a importância de manter a articulação política do ex-prefeito. “Ele é um companheiro, independente das circunstâncias. Temos espaço para fortalecer a atuação política dele, seja no governo estadual, na Assembleia Legislativa ou até mesmo em Brasília, com o apoio do senador Jaime Campos”, afirmou.
O gesto de Júlio Campos reflete a intenção de evitar o enfraquecimento político de Baracate, propondo alternativas para mantê-lo ativo no cenário político de Mato Grosso. A sinalização do deputado demonstra que, mesmo diante de derrotas eleitorais, há caminhos para a recuperação e reinserção política, especialmente com apoio de lideranças influentes como o senador Jaime Campos.