Na manhã desta quarta-feira (04), o senador Jayme Campos (União-MT) recebeu Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do Banco Central e indicado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva para suceder Roberto Campos Neto na presidência da autarquia a partir do próximo ano. A reunião abordou temas cruciais para a economia brasileira, incluindo a política de juros do Banco Central e as expectativas para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
O senador Campos expressou a preocupação dos diversos setores econômicos em relação à definição da taxa Selic, atualmente em 10,5%. "É notória a preocupação de todos os segmentos econômicos com a definição dos rumos da taxa Selic, se haverá aumento ou se manterá no atual patamar de 10,5%. De minha parte, desejo que seja definido tecnicamente aquilo que for melhor para o Brasil, para a estabilidade do país," afirmou o senador.
Galipolo apresentou um panorama sobre as ações recentes do Banco Central e os desafios que a autarquia enfrenta para manter a inflação dentro da meta estabelecida. Ele destacou que, em junho do ano passado, a taxa de juros foi reduzida de 13,75% em resposta às condições econômicas. No momento, o Banco Central está avaliando os resultados macroeconômicos para determinar os próximos passos.
O diretor também mencionou a apreensão do mercado, observando que a economia brasileira tem mostrado um aquecimento superior ao esperado, com dados positivos sobre emprego, consumo e produção. "Devemos observar, entre outros indicadores, se esse crescimento está acima da oferta," ressaltou Galípolo.
A próxima reunião do Copom está agendada para os dias 17 e 18 de setembro, e será um evento chave para definir o futuro da política monetária do país.
Além disso, nesta quarta-feira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), marcou a data para a sabatina de Gabriel Galípolo na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para o dia 8 de outubro. Jayme Campos, membro titular da comissão, terá um papel importante na análise e possível aprovação do nome do economista. Se aprovado, o nome de Galipolo será submetido ao plenário para a deliberação final.
