O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) divulgou novos detalhes sobre a investigação envolvendo o vereador Paulo Henrique (MDB).
No documento, o deputado estadual Juca do Guaraná (MDB) é citado como destinatário de transferências bancárias feitas pelo suposto "testa de ferro" de Paulo Henrique, José Márcio Ambrósio Vieira.
A denúncia, que aponta crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva, inclui registros de depósitos que somam R$ 35 mil em nome de Juca.
Os fatos relatados pelo Gaeco referem-se a um esquema que teria começado em 2021 com a formação do “G12” — grupo no qual Paulo Henrique, supostamente, liderava uma rede de contatos com membros da facção criminosa Comando Vermelho.
Em outubro de 2022, José Márcio teria recebido R$ 85 mil de uma empresa de fachada, Barbosa Filho e Cia Ltda., em nome do vereador.
Conversas entre os envolvidos também revelam a cobrança de Paulo Henrique por comprovantes de depósitos, indicando total conhecimento das movimentações financeiras.
A acusação do Gaeco inclui mensagens trocadas entre Paulo Henrique e José Márcio em que o vereador solicita faturas de cartão de crédito e exige explicações sobre montantes específicos.
Em 25 de outubro de 2022, José Márcio informou ter recebido R$ 10 mil, valor que, junto a outras transferências, alcançou R$ 85 mil ao longo do mês.
A denúncia aponta também movimentações financeiras contínuas em 2023, sem que fossem devidamente explicadas.
Paulo Henrique, preso em setembro sob suspeita de liderar o grupo e administrar subornos a fiscais envolvidos no esquema, foi liberado em 25 de setembro, sendo atualmente monitorado por tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares.
Caso segue em investigação.