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POLÍTICA MT Sexta-feira, 26 de Julho de 2024, 12:28 - A | A

Sexta-feira, 26 de Julho de 2024, 12h:28 - A | A

REFORMA TRIBUTÁRIA

Mendes diz que industrialização não deve gerar 1 centavo de imposto

De acordo com o texto aprovado, o imposto será cobrado onde o produto for consumido, e não no estado onde é produzido

 

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), manifestou sérias preocupações em relação à nova regulamentação da Reforma Tributária, que pode comprometer os potenciais benefícios da industrialização no estado.

 

Em declarações recentes, Mendes alertou que as mudanças nas regras de tributação podem resultar em uma situação desfavorável para Mato Grosso, um estado conhecido por sua vasta produção agrícola.

 

De acordo com o texto aprovado, o imposto será cobrado onde o produto for consumido, e não no estado onde é produzido.

 

Mendes destacou que, mesmo que Mato Grosso se torne um grande polo industrial, a baixa população local pode significar que a maior parte da arrecadação tributária será direcionada a outros estados.

 

"Podemos industrializar o que quisermos. O imposto só será pago onde for consumido. Temos baixa população.Podemos ser a maior fábrica do mundo, mas não ficará um centavo de imposto, porque só será cobrado onde for consumido", ressaltou.

 

Ele enfatizou que a industrialização é crucial para mudar a dinâmica econômica do estado, mas questionou a eficácia do novo sistema tributário.

 

"Não adianta produzirmos aqui 100% do óleo de soja do Brasil... Se não terá consumo aqui, o imposto ficará nos Estados onde esse óleo for consumido", explicou.

 

Outro ponto de preocupação para Mendes é a isenção de tributos para produtos essenciais como carne, leite, arroz, peixe, pão, sal e ovos, que, segundo ele, deve ser compensada com o aumento da alíquota base para outros produtos.

 

"Como cidadão, gostaria que zerasse todos os impostos, mas, como governador, pergunto: quem pagará essa conta? Acho que tem que tirar sim o imposto da carne, mas estou muito preocupado com essa reforma. Cada dia que passa, ela vai desidratando", afirmou.

 

O governador também criticou a isenção de impostos para exportadores, alertando que, em 2033, aqueles que exportam poderão não pagar impostos no país.

 

"Prepare-se, aperte os cintos, virará uma confusão, porque Mato Grosso tem muita gente que exporta e não pagará imposto. Quem pagará para financiar a Segurança Pública, o salário dos professores e outras coisas?", questionou.

 

Com a reforma agora seguindo para análise no Senado, Mendes espera que as preocupações dos estados produtores sejam levadas em conta antes da aprovação final.

 

A discussão sobre os efeitos da Reforma Tributária continua a gerar debates intensos sobre o futuro econômico de Mato Grosso e a necessidade de uma tributação mais justa e equilibrada.

 

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