Em uma entrevista polêmica concedida nesta semana, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, sugeriu a instalação de câmeras em juízes, promotores e políticos, caso a medida de monitoramento por câmeras corporais seja implementada para os policiais militares do estado.
A declaração gerou intensa reação de membros do Poder Judiciário e de associações de magistrados.
Mauro Mendes argumentou que, se os policiais estão sendo monitorados para garantir a transparência, o mesmo deveria ocorrer com outros servidores públicos.
"Se 1% ou 2% dos policiais cometem irregularidades e, por isso, vamos colocar câmeras para vigiar todos, então deveríamos fazer o mesmo com todos os políticos, governadores, prefeitos, deputados estaduais, juízes, desembargadores e membros do Ministério Público", afirmou o governador.
A repercussão foi imediata. O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador José Zuquim Nogueira, respondeu com indignação às declarações do governador, classificando-as como um ataque irresponsável às instituições do Sistema de Justiça.
Zuquim enfatizou que o governador, ao colocar em dúvida a integridade de todos os membros do Judiciário, cometeu uma grave ofensa que desrespeita a honra da magistratura mato-grossense.
A Associação Mato-Grossense de Magistrados (AMAM) também se manifestou, condenando as declarações do governador.
Em nota, a AMAM considerou as afirmações de Mauro Mendes inaceitáveis e um desrespeito ao Poder Judiciário.
A entidade afirmou que as declarações do governador minam a confiança da sociedade nas instituições democráticas e contribuem para o enfraquecimento das relações institucionais entre os poderes da República.
Mauro Mendes tem se posicionado contra a instalação de câmeras nas fardas dos policiais, argumentando que a medida não seria eficaz para combater a corrupção e que a grande maioria dos profissionais da segurança atua de forma correta.
Ele reiterou estar tranquilo quanto ao legado de sua gestão, defendendo que tem feito sua parte para combater desvios e promover a transparência no governo.
Paulinho 16/01/2025
Meu caro desembargador vai no fórum sexta outro dia vossa excelência não vai encontrar seus pares , eu já fiz isso despacham em algum lugar menos nos gabinetes.. Chega pra ver…/ Vocês ganham $$$, muito mais infelizmente….deixa pra lá..
Zico 16/01/2025
O chefe do executivo pegou pesado agora. Acho que deveria haver respeito, pois o Judiciário e MP são os pilar do MT.
Jas 16/01/2025
É QUE HONEA É MORAL O PODER JUDICIÁRIO DE MT E DO BRASIL TEM? PIOR QUE POCILGA!
Delta 16/01/2025
Vamos ver Mauro se você ganha essa mão de queda. Sua proposta vai ser bom para todos
Zorro 16/01/2025
Isso é uma desrespeito com o poder judiciário, uma vez que a justiça não precisa de fiscalização e sim o serviço público que esta andando do lado errado. Isso sim refere se um ataque contra os órgãos do poder Judiciário.
Ariadne 16/01/2025
Parabéns pela atitude e posicionamento, Governador! Se é transparência que o Judiciário deseja, o monitoramento deve se estender a todos que prestam serviço ao público. Agora, pergunto: qual seria a intenção do Desembargador? Conforme a própria fala dele, seria minar a confiança da sociedade nas polícias e contribuir para o enfraquecimento das relações institucionais entre os poderes? Afirmo que não estou atacando o Estado Democrático de Direito (já que vivemos num país democrático e todos têm direito a expressar suas opiniões). Assim como acredito que a opinião do Desembargador não reflete a opinião de todos, apenas do próprio INDIVÍDUO. Não podemos colocar todos \"na mesma cesta\". É preciso que a sociedade saiba diferenciar pessoas (servidor) da Instituição (Poder ou Órgão Autônomo). Não podemos permitir que as inversões de valores permaneçam, pois isso pode gerar corrupção e abusos de poder.
Ana Laura 16/01/2025
Olha, ele está certinho. Agora o povo de bem é só se juntar ao governador e pedir por isso. Quem sabe assim as coisas melhoram nesse país. Eu amei a idéia governador o senhor é demais.
7 comentários