O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), anunciou que estuda uma alternativa para evitar o pagamento de uma multa estimada em R$ 135 milhões pela rescisão do contrato com a empresa CS Mobi, responsável pelo estacionamento rotativo na cidade.
Em meio a investigações conduzidas por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal, Abilio considera modificar os termos do contrato ao invés de rompê-lo.
“Da minha parte, eles sabem. O meu desejo é romper o contrato com a CS Mobi, mas se for possível remodelar [é melhor], para a gente não ter que ficar pagando uma multa muito alta”, declarou o prefeito.
O contrato firmado durante a gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) está sob escrutínio da CPI, composta pelos vereadores Rafael Ranalli (PL), Dilemário Alencar (União) e Maysa Leão (Republicanos). A investigação busca apurar possíveis irregularidades na concessão do serviço de estacionamento rotativo na capital.
Enquanto aguarda o avanço da CPI, Abilio suspendeu temporariamente o pagamento mensal de R$ 650 mil à CS Mobi. A decisão valerá até que a Procuradoria do Município conclua uma análise detalhada sobre o cumprimento do contrato.
“Temos que avaliar quais são os ônus e bônus e, a partir da CPI, eu acho que a gente vai ter acesso a muitas informações que não estão nos papéis aqui”, acrescentou o prefeito.
Os próximos desdobramentos da CPI devem trazer mais esclarecimentos sobre a viabilidade da continuidade do contrato e as responsabilidades da administração municipal na concessão do serviço.