O deputado federal Guilherme Boulos, candidato do Psol à Prefeitura de São Paulo, enfrenta um desafio significativo na reta final da campanha. De acordo com um levantamento recente do instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta quinta-feira, 10 de outubro de 2024, 48,1% dos entrevistados afirmaram que não votariam “de jeito nenhum” no candidato. Esse índice de rejeição coloca Boulos em desvantagem diante do atual prefeito Ricardo Nunes, do MDB, que conta com 33,1% de rejeição.

Apesar do elevado índice de rejeição, a corrida pela prefeitura de São Paulo segue acirrada. O segundo turno, marcado para o dia 27 de outubro, ainda mostra uma disputa relativamente equilibrada. Segundo a mesma pesquisa, 37% dos eleitores afirmam que votarão com certeza em Ricardo Nunes, enquanto 31,7% garantem apoio firme a Boulos.

Nas intenções de voto, o cenário é mais favorável para o atual prefeito. Na pesquisa espontânea, onde os eleitores respondem sem a apresentação dos nomes dos candidatos, Nunes lidera com 35,3% contra 29% de Boulos. Já na pesquisa estimulada, em que os nomes dos concorrentes são apresentados, Nunes aparece com 52,8% das intenções de voto, contra 39% de Boulos.

Rejeição e projeções

A pesquisa do instituto Paraná Pesquisas foi realizada entre os dias 7 e 9 de outubro com 1.200 entrevistados na capital paulista. A margem de erro é de 2,9 pontos percentuais, e o nível de confiança é de 95%, registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o código SP-08049/2024.

A candidatura de Guilherme Boulos conta com o apoio formal do Partido dos Trabalhadores (PT), que injetou R$ 30 milhões na campanha. Em 2020, Boulos também disputou a Prefeitura de São Paulo, alcançando o segundo turno contra Bruno Covas. Naquele pleito, Boulos foi derrotado, e Covas foi reeleito. Com a morte de Covas em 2021, Ricardo Nunes assumiu a prefeitura.

Nas eleições de 2024, Boulos avançou ao segundo turno por uma margem apertada, ficando apenas 1 ponto porcentual à frente de Pablo Marçal, do PRTB, no primeiro turno, com 29,07% dos votos válidos contra 28,14% de Marçal.

A disputa promete ser acirrada nas próximas semanas, com ambos os candidatos intensificando suas campanhas para conquistar votos de indecisos e eleitores que não se sentem representados por nenhuma das opções. O desfecho dessa eleição será definido pelos próximos movimentos estratégicos e pela capacidade de cada candidato em atrair o apoio necessário para vencer o pleito e ocupar o cargo de prefeito de São Paulo pelos próximos quatro anos.