Uma pesquisa realizada pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg revelou que quase metade da população brasileira, 49,4%, considera o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pior do que o de Jair Bolsonaro (PL). Por outro lado, 48,9% dos entrevistados acreditam que a administração atual representa uma melhora, configurando um empate técnico dentro da margem de erro da pesquisa. Apenas 1,7% não souberam ou preferiram não opinar.
O levantamento também indica um aumento na insatisfação com a gestão de Lula. A desaprovação do presidente subiu para 53%, comparado a 51,4% registrados anteriormente, enquanto a aprovação permaneceu praticamente estável em 45,7%. Em relação à avaliação geral, 50,8% dos brasileiros classificam o governo como ruim ou péssimo, um aumento em relação aos 46,5% registrados no mês passado. Apenas 37,6% consideram o governo ótimo ou bom, e 11,3% o avaliam como regular.
Em termos de áreas específicas, a pesquisa aponta críticas à gestão da segurança pública, com 50% dos entrevistados a considerando pior do que no governo anterior. Os impostos e a carga tributária também geraram insatisfação, com 52% das pessoas avaliando negativamente esse aspecto. O controle de gastos públicos foi outro ponto criticado, com 53% de desaprovação.
Entre as decisões mais impopulares, destacam-se a taxação de compras internacionais de até US$ 50, que foi rejeitada por 64% dos participantes, e a cota de emprego para detentos e ex-detentos, desaprovada por 51%. Além disso, 51% dos entrevistados consideraram equivocadas as críticas feitas pelo governo ao Banco Central.
Apesar das críticas, algumas políticas do governo Lula receberam aprovação popular. A gratuidade do programa Farmácia Popular foi bem recebida por 85% dos entrevistados, e 78% apoiam a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais, embora a medida ainda não tenha sido implementada. A retirada de garimpeiros de terras indígenas também teve 73% de aprovação.
A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 27 de fevereiro, com a participação de 5.710 brasileiros adultos, e apresentou uma margem de erro de um ponto percentual para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
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