O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quarta-feira (22/1) que o governo federal tomará medidas para reduzir o preço dos alimentos. Segundo ele, a gestão vai tomar ações sugeridas pelas redes de supermercados, além de buscar produtores e ministérios para discutir o tema.
Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o preço dos alimentos ficou 8,23% mais caro no acumulado de 2024, acima dos 4,83% do índice geral. Isso preocupa o governo, já que impacta o bolso principalmente da população mais pobre, e gera insatisfação.
“A princípio, nós vamos fazer algumas reuniões com o ministro da Agricultura, com o ministro do Desenvolvimento Agrário, que pega as pequenas propriedades, e o Ministério da Fazenda, para a gente buscar um conjunto de intervenções que sinalizem para um barateamento dos alimentos”, declarou Rui Costa no programa Bom Dia, Ministro, da EBC.
Na reunião ministerial de segunda-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) cobrou de seus auxiliares uma solução rápida para a inflação dos alimentos.
Clima extremo prejudicou produção
O chefe da Casa Civil atribuiu a alta nos preços a questões climáticas, como as enchentes no Rio Grande do Sul, que destruíram parcela considerável da produção de arroz. De fato, eventos extremos foram a principal causa, com impacto na produção de café, carne, leite, frutas, dentre outros produtos.
“As redes de supermercados sugeriram algumas medidas, e nós vamos implementá-las agora nesse primeiro bimestre. Vamos, a partir dessas primeiras reuniões, ouvindo também os produtores, buscar medidas que consigam reduzir o preço dos alimentos”, disse ainda Rui Costa, sem especificar quais medidas foram sugeridas.
O ministro também destacou o impacto da exportação e do aumento do poder aquisitivo para o aumento dos preços, e disse esperar que, com a safra de 2025, vários alimentos fiquem mais baratos.
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