Governos ao redor do mundo reagiram nesta quinta-feira (3) à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor novas tarifas comerciais. No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que tomará “todas as medidas cabíveis” para proteger a economia nacional e mandou um recado direto: “Não bato continência para nenhuma bandeira que não seja a verde e amarela”.
Durante evento que marcou dois anos de sua gestão, Lula defendeu o multilateralismo, criticou o protecionismo e ressaltou que o Brasil exige reciprocidade nas relações comerciais. “É um país que fala de igual para igual, que respeita todos, dos mais pobres aos mais ricos, mas que exige respeito de volta”, declarou.
Na véspera, o Congresso aprovou a chamada “Lei da Reciprocidade”, que agora aguarda sanção presidencial. A proposta autoriza o governo federal a suspender concessões comerciais, reavaliar compromissos em acordos de propriedade intelectual e adotar contramedidas, sempre que estiver em jogo a defesa dos interesses nacionais.
Espanha e Canadá também reagem
Na Europa, o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez anunciou um pacote de € 14,1 bilhões para mitigar os efeitos das tarifas impostas por Trump à União Europeia, que enfrentará sobretaxas de 20% sobre diversos produtos. “Ninguém ganha com essa escalada. A UE responderá com proporcionalidade, unidade e firmeza”, declarou Sánchez.
O pacote espanhol inclui € 6 bilhões em empréstimos públicos para empresas afetadas e mais € 400 milhões para impulsionar o setor automotivo.
No Canadá, o primeiro-ministro Mark Carney afirmou que reforçará parcerias com aliados comerciais. “Num cenário como esse, parceiros confiáveis são mais importantes do que nunca”, disse. Ele já iniciou conversas com líderes internacionais como Claudia Sheinbaum (México), Olaf Scholz (Alemanha), Ursula von der Leyen (Comissão Europeia), Keir Starmer (Reino Unido) e Emmanuel Macron (França).
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