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POLÍTICA NACIONAL Quarta-feira, 30 de Outubro de 2024, 16:54 - A | A

Quarta-feira, 30 de Outubro de 2024, 16h:54 - A | A

CONDENAÇÕES ANULADAS

Moro afirma que Dirceu foi condenado com provas robustas: “estamos atônitos”; Veja Video

O caso, que envolve um contrato da Petrobras com a Engevix e aponta para o direcionamento de aproximadamente 15 milhões de reais em benefício de Dirceu, gerou reações fervorosas

 

Em uma reviravolta inesperada, a decisão de anular as condenações do ex-ministro José Dirceu, ligado à Operação Lava Jato, abalou a percepção pública sobre a justiça no Brasil.

 

O caso, que envolve um contrato da Petrobras com a Engevix e aponta para o direcionamento de aproximadamente 15 milhões de reais em benefício de Dirceu, gerou reações fervorosas.

 

O senador Sérgio Moro, ex-juiz que ganhou notoriedade à frente da Lava Jato, fez uma crítica em sua rede social sobre a decisão.

 

Ele lembrou que a condenação de Dirceu foi confirmada em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região e, posteriormente, ratificada pelo Superior Tribunal de Justiça.

 

Moro sublinhou que as evidências contra o ex-ministro não se baseavam apenas em depoimentos de colaboradores, mas contavam com provas documentais e confissões de outros envolvidos.

 

A fala de Moro levantou questões cruciais sobre o impacto da decisão no sistema judicial brasileiro.

 

Ele expressou sua preocupação com a crescente sensação de que a justiça está sendo desconsiderada.

 

"Outros países reconhecem o trabalho da Lava Jato. Onde vamos chegar com isso?", indagou, capturando o descontentamento generalizado em relação aos rumos da justiça no país.

 

 

A anulação das condenações de Dirceu não apenas reabre o debate sobre a eficácia das investigações, mas também coloca em evidência a confiança da sociedade nas instituições, em um momento em que essa confiança está sob intensa análise.

 

O responsável pela anulação foi o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

A decisão atendeu ao pedido da defesa de Dirceu e estendeu os efeitos do entendimento da Segunda Turma da Corte, que, em 2021, declarou a parcialidade de Sérgio Moro ao condenar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ação penal do tríplex do Guarujá.

 

Gilmar Mendes mencionou "sete indícios de quebra da imparcialidade" de Moro enquanto titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, falando em "conluio" envolvendo o então juiz e procuradores da extinta força-tarefa da Lava Jato.

 

A decisão foi considerada um novo revés para a operação, suscitando uma série de debates sobre a integridade e a imparcialidade do sistema judicial brasileiro.

 

 

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