O ex-presidente da Unimed Cuiabá, Rubens de Oliveira, foi preso pela Polícia Federal em Minas Gerais na manhã desta quarta-feira (30) e transferido para Cuiabá. Rubens, que esteve à frente da cooperativa por sete anos e também ocupou o cargo de diretor na Unimed Brasil, é alvo da Operação Bilanz, conduzida pela PF em conjunto com o Ministério Público Federal em Mato Grosso (MPF/MT). A ação investiga supostas irregularidades na gestão financeira da Unimed Cuiabá, incluindo um rombo de R$ 400 milhões identificado em auditoria.

Rodinei Crescêncio/Rdnews

Além de Rubens, foram presos outros ex-dirigentes da Unimed Cuiabá, incluindo a ex-contadora e ex-superintendente administrativa-financeira Ana Paula Parizotto, o ex-CEO Eroaldo Oliveira, e a ex-diretora financeira Suzana Aparecida Rodrigues dos Santos Palma, que chegou à sede da PF em uma viatura. Todos são investigados por suspeitas de falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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Suzana Aparecida Rodrigues dos Santos Palma

A auditoria que revelou o déficit foi conduzida pela nova gestão da cooperativa, liderada pelo médico urologista Carlos Bouret, e apontou outras 13 irregularidades graves na administração anterior. Em setembro de 2023, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) instaurou regime de direção fiscal na Unimed Cuiabá, intensificando o monitoramento das contas da cooperativa.

As diligências da Operação Bilanz envolvem o cumprimento de seis mandados de prisão temporária, buscas, apreensões e sequestro de bens dos investigados, além do afastamento de sigilos telemático, financeiro e fiscal. Segundo o MPF, documentos contábeis com graves irregularidades teriam sido apresentados à ANS para ocultar o rombo de R$ 400 milhões.

Até o momento, a Unimed Cuiabá informou que está tomando conhecimento dos fatos e deve emitir nota oficial ao longo do dia.

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