O Partido dos Trabalhadores (PT) solicitou nesta terça-feira (19) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) preste esclarecimentos à nação após a deflagração pela Polícia Federal (PF) da operação “Contragolpe”.
A ação prendeu militares e um policial federal envolvidos em uma conspiração para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ainda no contexto de 2022, meses antes da posse de Lula.
Segundo a PF, o plano de assassinato foi elaborado no Palácio do Planalto durante a gestão de Bolsonaro.
A operação confirma que os conspiradores recebiam diretrizes de setores ligados ao ex-presidente, reforçando as acusações de envolvimento direto da administração de Bolsonaro nos atos criminosos.
O PT classificou as conclusões da PF como "estarrecedoras", afirmando que os planos de assassinato e a tentativa de golpe tinham a intenção de impedir a posse do presidente eleito e estabelecer uma ditadura.
"As novas conclusões do inquérito expõem cruelmente seu modo de agir, que despreza a vida humana, as instituições e o Estado de Direito", declarou a legenda em um comunicado oficial.
Além disso, o partido condenou qualquer possibilidade de anistia para os envolvidos, cobrando punições severas para todos os responsáveis pelo planejamento dos assassinatos e pelos ataques às instituições democráticas.
A nota ainda enfatizou a importância da operação como um "passo importantíssimo" na responsabilização dos arquitetos do golpe e dos ataques ocorridos no 8 de janeiro de 2023, que visaram desestabilizar o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF
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