O herpes zoster é uma doença causada pelo vírus varicela zoster, o mesmo responsável pela catapora, que fica latente no corpo após a infecção inicial. Quando reativado, ele pode provocar uma erupção cutânea dolorosa, com bolhas que seguem o trajeto de um nervo. As lesões podem surgir em qualquer parte do corpo, sendo mais comuns no tórax, na região cervical e na face.
A dor associada ao herpes zoster pode ser extrema e incapacitar o paciente, sendo descrita por muitos como uma sensação de queimação, formigamento e dor intensa, como se fosse um choque elétrico. Essa dor pode irradiar e, em alguns casos, se tornar paralisante.
O herpes zoster é mais comum em pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, como os idosos e aqueles com doenças crônicas ou que fazem uso de medicamentos imunossupressores. Além disso, o estresse pode ser um fator desencadeante. A jornalista Ana Barros, de 43 anos, descobriu que estava com herpes zoster após sentir desconforto e ardor em sua pele. “Não sabia o que era. Fiquei chocada quando fui diagnosticado. A dor não apareceu de imediato, mas, na noite seguinte, ela começou e me atacou com dores nevrálgicas”, conta.
Os sintomas mais agudos duram de três a quatro meses, podendo chegar a um ano.
“Os ataques duram menos tempo agora, mas ainda são intensos e sem hora marcada para ocorrer. O ardor é constante e diário”, revela.
Entre as sequelas mais comuns do herpes zoster está a neuralgia pós-herpética, uma dor persistente que pode durar meses ou até mais de um ano após a erupção cutânea. A sensibilidade extrema na pele, especialmente nas costas e nas laterais das costelas também persstem com o passar do tempo.
“Não posso usar qualquer tecido. Roupa de cama tem que ser de algodão puro. Se fizer uma dobrinha, já me incomoda. A dor é como se alguém me cutucasse todos os dias”, descreve Ana, que, apesar de ainda sentir dores, já percebe uma leve melhora.
O herpes zoster pode ser prevenido por meio da vacinação, especialmente em pessoas com mais de 50 anos ou que tenham algum fator de risco.
é de suma importância do tratamento precoce, o mais rápido possível, de preferência dentro de 72 horas após o início dos sintomas, para garantir os melhores resultados terapêuticos e prognósticos”, recomenda.
O herpes zoster pode ser uma doença debilitante, mas a busca por tratamento adequado e a vacinação preventiva são as melhores formas de combater suas consequências e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.