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SAÚDE Terça-feira, 24 de Dezembro de 2024, 09:13 - A | A

Terça-feira, 24 de Dezembro de 2024, 09h:13 - A | A

GREVE

Ginecologistas e Obstetras do Hospital Santa Helena entram em greve por falta de pagamento

A paralisação, que afetará consultas e procedimentos não urgentes, visa pressionar pela regularização dos valores devidos, considerados essenciais para a manutenção dos serviços

 

 Os ginecologistas e obstetras do Hospital Santa Helena, em Cuiabá, oficializaram nesta segunda-feira (23) a suspensão dos atendimentos eletivos devido a sucessivos atrasos nos pagamentos por parte da Prefeitura Municipal.

 

A paralisação, que afetará consultas e procedimentos não urgentes, visa pressionar pela regularização dos valores devidos, considerados essenciais para a manutenção dos serviços.

 

Os profissionais de saúde comunicaram que seguirão atendendo apenas casos de urgência e emergência, conforme determina a Lei de Greve (Lei nº 7.783/1989) e o Código de Ética Médica.

 

Em documento encaminhado à direção do hospital, os médicos afirmam que realizam, em média, 3 mil atendimentos e 800 partos por mês, o que representa 25% dos nascimentos em Mato Grosso.

 

A falta de cronograma para quitação das dívidas torna a continuidade do trabalho financeiramente inviável, afirmaram.

 

Em resposta, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) declarou que os valores em aberto, estimados em R$ 3,2 milhões, estão em processamento e devem ser quitados até esta terça-feira (24).

 

A nota oficial reforçou que os pagamentos seguem dentro do prazo contratual normal.

 

Apesar dessa previsão, os profissionais decidiram manter a greve até que soluções definitivas sejam apresentadas.

 

A paralisação destaca a sobrecarga enfrentada pelo corpo clínico, que, além das dificuldades financeiras, relata impactos físicos e emocionais causados pela instabilidade dos pagamentos.

 

Embora os médicos tenham buscado diálogo ao longo dos últimos meses, não houve retorno concreto por parte da gestão hospitalar e da Prefeitura.

 

Apesar disso, a categoria reafirmou sua disposição para negociar, mas ressaltou que a retomada integral dos atendimentos dependerá da regularização dos pagamentos atrasados.

 

A greve afeta diretamente um dos principais serviços de saúde da capital, evidenciando problemas de gestão e planejamento no setor público.

 

A população, dependente do hospital para atendimentos ginecológicos e obstétricos, teme pelos impactos na assistência materno-infantil, enquanto os médicos aguardam que as negociações tragam uma solução ágil e efetiva para o impasse.

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