A presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargadora Clarice Claudino da Silva, está novamente no centro das atenções após receber R$ 641.504,34 como bônus natalino em dezembro de 2023.
O valor, muito superior ao teto constitucional do funcionalismo público, de R$ 44.008,52, foi distribuído por meio da folha complementar do tribunal e incluiu R$ 408.482,32 em gratificações, R$ 209.035,67 em vantagens eventuais e R$ 23.986,35 em indenizações.
A quantia provocou revolta e trouxe à tona o volume de recursos pagos a outros magistrados em um dos meses mais custosos para o tribunal.
O "bônus natalino" não foi exclusivo da presidente. Outros desembargadores e juízes do TJMT também figuraram na lista dos beneficiados com valores milionários.
Entre eles, estão os desembargadores Sebastião Barbosa Farias e João Ferreira Filho, afastados por suspeitas de corrupção, ambos recebendo valores superiores a R$ 639 mil.
O juiz Marcelo Sebastião Prado de Moraes também recebeu R$ 576 mil no mesmo período.
Em setembro de 2024, o TJMT gastou R$ 31,5 milhões apenas com a folha complementar, elevando o total deste ano para R$ 407 milhões.
A presidente Clarice Claudino foi também responsável pelo controverso "vale-peru", um auxílio-alimentação excepcional de R$ 10 mil pago em dezembro deste ano a todos os servidores e magistrados do TJMT.
Apesar de suspenso pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o benefício já havia sido depositado, o que gerou críticas públicas e uma investigação sobre o impacto financeiro.
O TJMT enfrenta crescentes críticas pela falta de transparência, com o Portal da Transparência do tribunal limitando o acesso aos dados de remuneração.
Até o momento, não houve esclarecimento oficial sobre a justificativa para os valores pagos nem sobre a origem dos recursos para os bônus milionários.
Mario Roberto 25/12/2024
O que podemos dizer de uma justiça, onde o justo sempre é penalizado por essa corja de Pilantras travestidos de juízes. O exemplo está aí pata todos verem, e não é só privilégio de MT mas em todos os estados estão infestados de bandidos togados.
Osmario Lopes Ribeiro 25/12/2024
É profundamente lamentável fatos como esse no país. Isso é uma prova insofismável de que a corrupção é um processo degenerativo dos valores éticos, tirando do cidadão brasileiro a esperança por uma justiça melhor . Copiam com fidelidade os nossos políticos, consequentemente, não têm a mínima condição de julgar ninguém por atos ilícitos . E o mais insuportável é que em casos cosos como esses a punição é o afastamento do cargo com direito ao recebimento integral do salário, sem prestar nenhum serviço ao judiciário.
José Oliveira 25/12/2024
Isso tem que ser investigado e fazerem com que esses magistrados devolvam esse dinheiro, uns caras que se dizem paladinos da justiça deveriam ter vergonha na cara, qual o motivo para uma pessoa que tem um salario de 40 mil na media receber no final de 12 meses um valor de 640 mil, isso é um assalto ao cidadão que paga imposto, temos que criai um quarto poder composto por cidadãos civis pra fiscalizar o salario do funcionalismo publico pois estao fazendo farra com o dinheiro publico
Edwin Lisboa de Souza 25/12/2024
Vergonha é pouco para definir esse absurdo que vem sendo uma prática usual de parte do funcionalismo público. A justiça foi à passeio, onde leis são criadas para benefício de alguns privilegiados. Cadeia pra esses assassinos!
Edilene Franco 24/12/2024
Uma vergonha esse povo
Rogério 24/12/2024
Pois é enquanto isso os ex servidores que estão a décadas sem receber e o tribunal dizendo que não tem verba pra pagar e viva o Brasil terra sem lei
MARIA TEREZINHA FREITAS ASSUNCAO DE CAMP 24/12/2024
Eles receberam tudo isso e os aposentados que tanto trabalharam enquanto ativos ficaram olhando e chutando nos dedos. Uma vergonha.
Zalabari 24/12/2024
Esse valor daria para beneficiar ao todo mais ou menos umas 2 mil familiares que não possui remuneração e vive em situação de rua.
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